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sábado, 25 de março de 2023

Vocalista do Tame Impala faz show com quadril fraturado

Tame Impala: Kevin Parker canta de muletas e encanta multidão com show esforçado no Lolla

Australiano veio ao Brasil com quadril fraturado e fez esforço para noite não perder 2 headliners. Show psicodélico mostrou por que eles são das poucas bandas de rock que não pararam no tempo.

Kevin Parker, vocalista do Tame Impala, saúda o público após chegar de muletas no palco do Lollapalooza 2023
Kevin Parker, vocalista do Tame Impala, saúda o público após chegar de muletas no palco do Lollapalooza 2023, em São Paulo
— Foto: Fábio Tito/g1

As informações são do Portal de Notícias G1, de sábado 25/03/2023 por Rodrigo Ortega e Gabriela Sarmento

O show do Tame Impala no Lollapalooza 2023 foi o correspondente musical de ver um corredor terminar uma maratona mancando e vencer. De muletas, Kevin Parker, líder da banda, foi ovacionado pela plateia, que lotou o espaço neste sábado (25).


O som impressionou, tanto no volume e pressão nas caixas, raridade em festivais brasileiros atuais, quanto na qualidade dos arranjos, com uma avalanche de teclados e mais camadas de instrumentos e bases eletrônicas psicodélicas.

Kevin Parker, vocalista do Tame Impala, durante show no Lollapalooza 2023
Kevin Parker, vocalista do Tame Impala, durante show no Lollapalooza 2023, em São Paulo
— Foto: Fábio Tito/g1

A apresentação cresce aos poucos, com um som retrô e o público curioso no começo. No final está todo mundo embasbacado e eles tocando hard rock e electro ao mesmo tempo, com um grave distorcido de outro mundo, como se isso fosse normal.

No dia 9 de março, Kevin Parker mostrou fotos de hospitais, radiografias e até um jatinho de emergência. O músico australiano de 37 anos contou que fraturou o quadril e fez uma cirurgia, mas que não iria cancelar os shows na América do Sul.

O segundo headliner escalado para este sábado era o Blink 182, mas a banda tinha acabado de cancelar a viagem, pois o baterista tinha fraturado o dedo. Ao podcast g1 ouviu, Kevin disse que sabia da desistência do Blink, e isso o incentivou a manter seu compromisso.

Além das muletas, nas músicas em que ele toca guitarra, como "Mind Mischief" e "Breathe deeper", Kevin fica sentado em uma cadeira. Os fãs na plateia do Palco Chevrolet, que fica em uma grande encosta, gritam o nome dele. Kevin agradece: "Eu nunca vi um morro de humanos mais bonita".

Na parte final, ele avisa que este é o último show desta turnê, e diz que não queria terminar em outro lugar que não fosse o Brasil. Fofo. Para a ocasião especial, ele anuncia uma música que não tocava há muito tempo, "Alter ego".

O show começa com um vídeo no telão em que uma enfermeira oferece um remédio chamado "Rushium", que altera a percepção do tempo. A abertura já fazia parte da turnê, que divulga o álbum "The Rush Hour" (2020). Mas é notável a coincidência do tema farmacêutico com o cantor fraturado.

Com ou sem muletas, o show do Tame Impala não é um espetáculo movimentado. É tudo contemplativo. Às vezes Kevin parece cansado, como um paciente de hospital obrigado a se levantar, em outras parece empolgado, como o mesmo paciente curtindo a onda dos analgésicos.

Como ele disse ao podcast g1 ouviu, mesmo com fratura, a música é a mesma. Ele prova no palco porque o Tame Impala é uma das poucas bandas de rock do século 21 que não pararam no tempo.

É uma psicodelia refinada, pop, contemporânea e aberta a tudo, da disco music ao progressivo. Não é por acaso que eles chegaram a headliners de festivais como o Lolla, e que Kevin Parker hoje é buscado por astros como Lady Gaga, The Weeknd e Rihanna para seus trabalhos.

Os iniciados se comovem desde o início, da dançante "Borderline". Mas, em geral, o público aprecia parado até a metade. No meio do show, a pesada "Elephant" anima mais, ajudada por canhões de lasers coloridos que metade do público filma com o celular.

Todas as mais conhecidas ficam para o fim: "Let it happen", "The less I know the better", "Feels Like We Only Go Backwards" e "New person, same old mistakes". Daria para dizer que o setlist é mal equilibrado. Mas, com tanto esforço, hoje não é dia de criticar Kevin Parker.

Kevin Parker, vocalista do Tame Impala, durante show no Lollapalooza 2023
Kevin Parker, vocalista do Tame Impala, durante show no Lollapalooza 2023, em São Paulo
— Foto: Fábio Tito/g1

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